O BLOG DA OPINIÃO BEM TEMPERADA

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Globalização e Exclusão



O processo de globalização já existe há muito tempo, porém sempre houve o efeito colateral do antagonismo social, que por muitas vezes ocasionou as severas modificações através das reivindicações sociais motivadas pela disparidade e deficiência de justa distribuição de renda entre a população.
O que acirra mais essa condição é o fato já conhecido da concentração de poder monetário nas mãos de pouco mais de 5% da população mundial que é praticamente formada pelo empresariado, políticos, investidores, personalidades e pela igreja católica que ainda é a maior proprietária de terras ao redor do mundo.
Sem mencionar os países do G7 (G8 com a Rússia, convidada do eixo) que juntos exercem uma dominação econômica sobre os países subdesenvolvidos basicamente por serem possuidores de grande reserva financeira e detentores da propriedade intelectual sobre as principais tecnologias precursoras da grande acentuação no processo de globalização que ocorre desde a introdução da Tecnologia da Informação a partir dos anos 70.
Também pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) que tem como principais credores e financiadores esses países, pois é dessa forma que o Fundo angaria recursos para perseguir o seu principal objetivo (o original) que é de amparar e ajudar no desenvolvimento dos países subdesenvolvidos que observem como modelo social o capitalismo como sendo o veículo para esta finalidade ser alcançada.
Recentemente o Brasil vem sendo cogitado para ser mais um novo credor do FMI, justamente pelo excelente sistema financeiro atual que é cuidadosamente regulado e serve como referencia hoje para todos os países que possuam sistemas mais genéricos e abertos economicamente, pois nossos bancos ao contrario do restante do mundo, não estão “quebrando” e sim adquirindo, comprando os outros.
Mas fato é que isso se deve também a concentração de recursos nas mãos dos banqueiros em virtude das altas taxas de juros aplicadas no Brasil, que a meu ver punem injustamente o povo tendo em vista a comparação com outros países ser muito díspar, pois enquanto nos estados unidos a taxa é de 0,25% a nossa passa de 14%.
Enquanto houver disparidade, injusta divisão do trabalho e salarial, falta de amparo ao trabalhador quanto sua qualificação e preparação para o uso das novas tecnologias e a exclusão no acesso das mesmas, e também a falta de consciência referente a adoção de medidas mais reguladoras e consistentes por parte do estado no sentido da realização de reformas necessárias internamente em cada pais (deixar de ser estado mínimo porém não ser autoritário, ser definitivamente democrático), então teremos sempre efeitos colaterais e problemas endêmicos causais acerca da globalização.
Somos tribos hoje unidas pela difusão tecnológica, gerada por uma integração que ocorreu principalmente pela internet, então o fato bom que vejo é o da maior participação social sobre temas relevantes a todos como a Sustentabilidade, a Preservação do Meio Ambiente, o Aquecimento Global, entre outros. A sociedade vem interferindo através de fóruns de discussão, o correio eletrônico, os sites de relacionamento, os sites institucionais e pelos movimentos digitais nas decisões ligadas a esses interesses.
A velha revolução, as lutas ou greves tomaram outra forma, impulsionadas pela hoje chamada “Geração C”, a nossa geração, que utilizando da constante renovação de informações geradas e disseminadas em tempo real pela internet faz o seu papel fiscalizando diariamente os responsáveis pelos rumos da política e do mercado mundial, cobrando o seu papel e revolucionando sim, mas através das inovações tecnológicas e da pesquisa, que é a forma de reinventar e evoluir os processos sociais e empíricos de cada um.
É Salutar a globalização para determinar os rumos do mundo, pois ela motiva a reinvenção, a participação, a conscientização, a união, a tecnologia, a política e a informação de maneira geral.

Estamos evoluindo sim.


Por: Leo Cardi

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