O BLOG DA OPINIÃO BEM TEMPERADA

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Você sabe o que é Parkour ?

Enxergar possibilidades onde muitos vêem apenas obstáculos. Este é o desafio do praticante de parkour, que se desloca de um ponto a outro por meio de movimentos e habilidades naturais como saltar, se pendurar, escalar, se equilibrar e correr. Um passeio radical que requer diversos cuidados.

Criado na França, na década de 80, por David Belle, o parkour (“percurso”, em português) é conhecido por seus praticantes como uma disciplina, da qual o traceur ou traceuse (no feminino) se utiliza para ultrapassar os limites do corpo e da mente. Traceur significa, em tradução livre, “aquele que traça”, “que faz o traçado”.

Os traceurs aprendem variadas técnicas para que os movimentos sejam realizados de forma natural, usando o próprio obstáculo como prolongamento de seus corpos. A concentração e a prudência são fundamentais. Nenhum equipamento de proteção é utilizado. Calça, camiseta leve e um tênis esportivo são suficientes para que o praticante comece a desafiar seus próprios limites e as estruturas da cidade ou do campo.

De acordo com Jean Wainer, de 26 anos, essa arte não tem nada a ver com esporte radical. “É preciso muita prudência para entender que não se trata de correr riscos e sim de estar preparado para eles. Os mais experientes sempre advertem para não fazermos nada sob o efeito da adrenalina. Necessitamos estar sempre calmos”, explica.

O parkour visa à longevidade e não a uma emoção momentânea. O ideal é que os interessados comecem pela preparação física, para que, então, passem a treinar as técnicas básicas. A próxima fase é trabalhar o controle da mente, como a concentração e o próprio medo. Só depois que ambos forem dominados os saltos de lugares mais altos podem ser arriscados.

Samparkour



Em meio a prédios modernos e históricos, praças, museus e estádios de futebol, nasce um novo ângulo da cidade de São Paulo apresentado pelo curta-metragem “Samparkour”, de Wiland Pinsdorf.

Mostrar a arte do parkour foi considerado um desafio para a equipe e para o protagonista, um dos mais experientes traceurs, Zico Corrêa. “Em alguns lugares, eu, que estava atrás da câmera, utilizei equipamentos de segurança em altura e cordas e tivemos ajuda de um bombeiro. Mas o Zico enfrentou tudo na raça mesmo. O risco é inerente ao parkour”, detalha o diretor.

Durante os seis dias de gravações, os movimentos precisaram ser repetidos pelo menos três vezes. O resultado pode ser visto em pouco mais de seis minutos, que mostram Zico se equilibrando no topo de edifícios de mais de 30 andares e marcos históricos da cidade. “Precisei me concentrar muito e esquecer o que estava acontecendo à minha volta, porque era uma oportunidade de fazer uma movimentação legal, sem me importar com a câmera”, finaliza o traceur. “Samparkour” pode ser visto em http://samparkour.com.br/

ACONTECEU
Alunos do curso de Produção de Eventos da UAM, em comemoração ao Ano da França no Brasil, apresentaram o evento “Le Petit Parkour”. Além dos movimentos e habilidades dos traceurs convidados, o público presente pode conhecer um pouco sobre a modalidade e praticar alguns movimentos. O evento foi realizado no Campus Vila Olímpia (UAM) onde foi montado um circuito com obstáculos improvisados e o público presente pode conferir as acrobacias de perto e sentir um pouco do que é “Parkour”. Para realização do evento contamos com a colaboração de várias empresas que apoiaram o evento e também colaboração de voluntários e amigos durante o evento.
Queríamos mostrar outro lado da cultura francesa e não o estereótipo que todos já conhecem como as exposições de arte, dança e música. Por isso, escolhemos o Parkour, que era algo jovem, urbano tinha tudo a ver com o nosso público presente”, explica o estudante de Tecnologia em Eventos, João Paulo Barile, um dos organizadores. Além de João Paulo, assinam a organização Bruna Kao, Carolina Ahualli, Layla Gervay, Jessica Medeiros e Viviane Mayumi. Confiram abaixo o vídeo gravado pela TV-Anhembi que cobriu o evnto durante sua realização.

INTERVALO ANIMADO



Por: Nataxi Araújo

2 comentários:

  1. Puts... Parkour é muito legal, mas, porra, meu joelho dói só de pensar em fazer aquelas acrobacias, hehehe.
    Porra que legal o curto e o evento na Anhembi. Foi legal ver vc sendo entrevistado João, curti mesmo.
    É legal que o Parkour tem uma filosofia por trás muito legal. Eu fiz um trabalho de semiótica para a faculdade de História uma vez que analisei uma placa que dizia em inglês: "One way" e uma pessoa escreveu embaixo "It's not my way"... O Parkour é um pouco isso. A arquitetura traça o seu caminho, porém, o Parkour te dá novas possibilidades de usar os "obstáculos". É bem interessante. Pena que meu joelho não deixa eu ultrapassar a linha da admiração, hehhe.
    Abraço

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  2. huahuahuah isso mesmo eles tem toda uma filosofia e tal, foi muito legal o evento. eu achei super interessante essa parada de parkour e até criticava antes achava maior besteira depois que tive que conhecer a fundo etendi a filosofia deles mas também vou ficar só admirando

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